quinta-feira, 30 de maio de 2013

Finalização do nosso blog!


Sendo este um blog da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e, estando o ano letivo a acabar, procedemos à finalização do nosso blog.

Ao longo deste semestre pesquisamos mais aprofundadamente assuntos relacionados com o nosso tema – Puberdade, adolescência e juventude – e tentamos sempre relacioná-lo com o desporto e a prática de atividade física

Todos os elementos do nosso grupo são da opinião de que, através das nossas pesquisas, conseguimos intensificar o nosso estudo e conhecimentos sobre este tema.

Foi, sem dúvida, uma boa experiência e esperamos que este blog tenha sido útil para os jovens que procuram obter mais conhecimento sobre esta área ou, até mesmo, outras pessoas interessadas neste tema.




Be Well, Do Good Work,

And Keep In Touch..

Good Bye


O Grupo 5:

Inês Branco
Isabel Cruz
Sarah Brand

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Caraterização - Puberdade e Adolescência


Mudanças masculinas na adolescência


Potenciadas pelas mais diversas alterações hormonais que ocorrem no organismo do jovem durante esta fase desenvolvimento, as mudanças que caracterizam a adolescência  fazem-se apresentar a nível corporal e intelectual, podendo variar significativamente consoante o sexo e a idade do jovem.
No caso dos rapazes, o crescimento costuma dar-se, em média, cerca de dois anos mais tarde do que as raparigas, daí ser tão comum dizer-se que elas se desenvolvem muito mais rapidamente do que eles.
Tendo inicio entre os 11 e os 12 anos, a adolescência é um processo que poderá estender-se até aos 21 anos. No entanto, não existe um período de tempo fixo e predeterminado para a conclusão de todo o processo de maturação, sendo que em alguns jovens poderá terminar por volta dos 18 ou 19 anos, e noutros prolongar-se por mais alguns anos.
Eis algumas das mudanças mais comuns que poderão ser observadas em jovens do sexo masculino durante a fase da adolescência:
- Desenvolvimento geral das capacidades cognitivas;
- Surgimento dos pêlos  púbicos;
- Salto considerável de crescimento;
- Desenvolvimento muscular;
- Mudança de voz;
- Crescimento do pénis e dos testículos;
- Aparecimento da barba;
- Crescimento dos pêlos axilares;
- Desenvolvimento significativo de toda a estrutura óssea;
Estas representam as mudanças mais marcantes no processo de desenvolvimento masculino. Estas alterações poderão, consoante individuo, revelar-se mais ou menos acentuadas, não havendo, por isso, razão para alarme, caso alguma delas não seja alvo de um desenvolvimento tão expressivo quanto o inicialmente esperado. Apesar da naturalidade de todas estas alterações, não deixa de ser importante que o processo de desenvolvimento seja ocasionalmente acompanhado por um médico especialista, de forma a certificar-se de que não existem anomalias presentes durante a fase de maturação.

Mudanças femininas na adolescência


As mudanças femininas na adolescência possuem as suas próprias particularidades, e ocorrem de forma substancialmente diferente daquela que é possível observar nos rapazes.   As principais alterações iniciam-se, geralmente, entre os 10 e os 14 anos, e costumam ficar totalmente concluídas cerca de 2 anos mais cedo do que nos rapazes. As mudanças que caracterizam esta fase do desenvolvimento corporal, não só se apresentam a nível físico, como também a nível intelectual, e constituem o processo definitivo de transição para a idade adulta.

Algumas das mudanças mais comuns e marcantes que caracterizam o desenvolvimento feminino no decorrer da fase da adolescência: 

Menstruação
 Entre os 11 e os 13 anos é comum dar-se o primeiro sangramento menstrual, apesar de, nos primeiros anos da adolescência, não apresentar a mesma regularidade que durante a fase adulta. Em média, a primeira menstruação ocorrerá por volta dos 12 anos, mas em casos de puberdade precoce ou atrasada, poderá dar-se ligeiramente mais tarde ou mais cedo.
Altura
Entre os 10 e os 12 anos costuma ocorrer o salto mais expressivo de crescimento entre as raparigas. A partir daí, na maior parte dos casos, a adolescente crescerá até por volta dos 18 anos, sendo, também, possível, crescer mais uns poucos centímetros após essa idade.
Maturação sexual
A maturação sexual é uma das principais características desta fase de desenvolvimento, e consiste no desenvolvimento das gônadas, órgãos de reprodução, seios, e outros componentes sexuais secundários.
Outras mudanças:
- Desenvolvimento das capacidades cognitivas;
- Desenvolvimento dos pelos púbicos e axilares;
- Alargamento dos ossos da bacia;
- Acumulação de gordura nas nádegas, quadris e coxas;
- Desenvolvimento das glândulas sudoríparas, responsáveis pelo aumento do odor corporal;


sábado, 20 de abril de 2013



Porque é que os jovens abandonam precocemente o desporto?


O desporto valoriza socialmente o homem, proporciona uma melhoria do seu auto-conceito, e a 
aprendizagem de uma modalidade desportiva constitui uma das mais significantes experiências que o ser humano pode viver com o seu próprio corpo. O desporto pode ser algo de muito benéfico na vida de qualquer ser humano, ajudando-o na sua educação e na sua formação pessoal. Numa sociedade cada vez mais exigente em que tudo também parece fácil de obter, os intervenientes do contexto desportivo têm de tomar consciência e preocupar-se com a falta de actividade física e desportiva dos nossos jovens no seu dia-a-dia, como também do seu abandono precoce.
    O abandono precoce surge porquê? pela desilusão da modalidade e do desporto? Pela pressão exterior dos pais e dos técnicos? Do trabalho árduo? Por uma especialização demasiada precoce? Por outros desafios ou outros interesses que surgem na vida dos jovens?
    Num estudo sobre o Abandono e as suas motivações realizado por Oliveira et al (2007) verificou-se que 42% dos individuos abandonavam a natação nos escalões mais jovens (juvenis), em junior 33% e somente 8% em seniores, perfazendo uma média de 16 anos de idade para o abandono da modalidade. As motivações para esse abandono seriam os resultados negativos, a falta de apoio, as lesões, a falta de conciliação dos estudos com o desporto, a rotina dos treinos e a falta de integração social. A consecussão dos resultados desportivos sendo um dos factores de maior influência para o abandono precoce, verifica-se que grande parte dos melhores desempenhos desportivos foram atingidos enquanto nadadores infantis.
    Num estudo realizado com jovens em França verificou-se que as causas de abandono prematuro da prática da Natação Desportiva (Boulgakova, 1990) seriam principalmente a estagnação de resultados, o aparecimento de outros interesses, a dificuldade de conciliar o desporto e o estudo, os problemas ou a mudança de treinador, a influência dos pares, o excesso e a monotonia dos treinos. No mesmo estudo mas com atletas de alto nível os factores de abandono seriam a estagnação, a dificuldade de conciliar o desporto e o estudo, os problemas ou a mudança de treinador, os maus resultados, o excesso e a monotonia dos treinos.
    Num estudo realizado em Portugal sobre as causas das decisões do abandono da Prática Desportiva (Vasconcelos, 2003) nos atletas de elite seriam o cansaço do calendário desportivo, o estilo de vida, a falta de meios para ir mais longe, a consecussão da obtenção dos seus objectivos pessoais, a dificuldade de conciliar o desporto e o estudo, os maus resultados.
    Concluimos pelos estudos que os possíveis factores de abandono precoce desportivo serão os treinos monótonos, os treinos demasiados agressivos, a estagnação e os maus resultados, a dificuldade de conciliar os estudos e o desporto, a envolvência de pares e familiares, finalmente a saturação do ritmo desportivo e competitivo.




Motivação 
    O estudo da motivação tem um papel determinante no conhecimento da formação e da
 educação dos jovens para a prática desportiva. Pois serão factores que conduzem a determinados comportamentos para atingir certos objectivos. Samulski (2002) refere a motivação como a totalidade dos factores que determinam a actualização de formas de comportamento dirigido a um determinado objectivo. São os factores pessoais e sociais que favorecem a persistência ou o abandono de um comportamento. É uma dimensão intensiva em que os indivíduos se dedicam a realizar uma determinada tarefa (Roberts, 1992; Escarti e Cervello, 1994; Escarti e Brustad, 2002). Fernandes (2004) afirma que para melhor compreender o comportamento desportivo dos indivíduos e para mais correctamente e eficazmente intervir, é necessário conhecer as razões pelas quais seleccionam determinadas actividades e nelas persistem. O organismo pode estar preparado ou não, a motivação é um aspecto da selecção do processo, é um aspecto de antecipação ao serviço dessa própria selecção. Sabendo que a motivação são os factores que respeitam a dinâmica comportamental, fomentando a sua participação e persistência na modalidade.
    Santos (2008) realizou um estudo sobre os factores motivacionais que mantinham os indivíduos na prática competitiva e se essas motivações se alteravam com os anos de prática. Verificou-se que os indivíduos que estavam na competição privilegiavam o desenvolvimento de competência/habilidades (as motivações de melhorar as habilidades; aprender novas habilidades) e que quanto mais tempo estavam na competição, a esses factores se somavam os factores da Forma Física ( as motivações de querer ficar em forma, gostar de fazer exercícios, querer estar fisicamente apto) e da Afiliação geral (as motivações de gostar do trabalho de equipa, gostar do espírito de equipa ou de pertencer a uma equipa).
    Um dos factores que evoluiu com o tempo foi o factor da Emoção (gostar de estímulo, gostar de acção, gostar de desafios, querer extravasar tensão e querer ganhar energia).



Autoconfiança  
  Um constructo de grande importância para o ser humano é o da autoconfiança, pois revela a forma como estamos consciente e preparados para realizar algo. Um contexto orientado para a motivação da tarefa é positivo para a Autoconfiança. Cruz e Viana (1996) afirmam que os jogadores mais bem sucedidos ou que competem a um nível mais elevado apresentam valores de confiança mais altos nas suas capacidades e ainda aumentam a sua autoconfiançaquando atingem os seus objectivos. Existe uma correlação directa entre a autoconfiança e o sucesso na competição (Williams, 1993). Quanto mais baixa a autoconfiança do atleta mais importante se torna o sucesso e maior é a importância de se determinar metas alcançáveis.
    Num estudo sobre a evolução da Autoconfiança num contexto de treino com um clima motivacional para a mestria em jovens nadadores (Santos, 2007) verifou-se que existia um acréscimo da autoconfiança nos indivíduos presentes. E que esses valores de autoconfiança aumentavam tanto em jovens do sexo masculino como feminino.
    A autoconfiança por si só não irá transformar o indivíduo no melhor atleta do mundo mas ajuda-lo-á a melhorar, pois a autoconfiança emerge como uma característica essencial dos atletas para se proteger de disfunções de pensamentos e de sentimentos negativos. A boa forma física e a técnica dos jovens reflecte-se nos bons níveis de autoconfiança que se adquirem com o empenho nas tarefas e nas actividades. Num desempenho com sucesso numa tarefa orientada para a mestria espera-se um aumento da autoconfiança porque os indivíduos vão percebendo que as suas habilidades se vão reforçando e melhorando.
    Os atletas que têm uma alta percepção da sua habilidade adoptam um objectivo para a tarefa e perseguem um clima de mestria com uma motivação intrínseca acentuada. Weis e Ferrer-Caja (2002) referem que uma informação vinda de uma fonte exterior num ambiente de aprendizagem é uma influência potencial para a motivação intrínseca dos indivíduos.

    A prática orientada leva ao aumento das representações, passando o atleta a ter um conhecimento mais profundo do que faz. A prática para surtir os efeitos pretendidos não se pode ficar pela quantidade mas principalmente pela qualidade (Alves, 2004). A necessidade de entender o nadador como um indivíduo com um complexo sistema de transformação, disponibilização e utilização de energia (Villas-Boas, 2000). O empenho nas actividades desportivas durante um período tão longo como a modalidade da natação, apenas será possível se tiver um significado e 
um empenho pessoal por parte do atleta (Serpa, 2002).




Treinador 
    No contexto do treino o treinador não se limita ao seu papel de ensino, tem sido um poderoso 
agente social (Brito, 2001). Ele não só estrutura a prática ou as aprendizagens afectando os jovens nas suas percepções de competência, nas suas motivações, nos reforços que comprometem a informação ou a avaliação correspondendo ao desempenho específíco realizado como a realizar a posteriori. O treinador é um elemento que maximiza de forma deliberada a prática, as aprendizagens e as habilidades dos seus atletas de forma a ser o melhor predictor do sucesso dos seus jovens facultando as ferramentas e as fontes necessárias (Salmela, 1996). Cabe-lhe a ele preparar o contexto para potênciar o desempenho desportivo. Ele tem de compreender o modo de intervir e de ter a capacidade de transformar os seus conhecimentos num processo que culmina no produto final.
    O Treinador tem o papel de ser um “facilitador” de aprendizagens, tem de ser um “proporcionador” de ambiente para as aprendizagens, um “estruturador” das tarefas mais adequadas para a aquisição de conhecimentos, de ser um “formador” de atletas e de cidadãos.





“Cada homem deve inventar o seu caminho”


Jean Paul Sartre

Conclusões                                                     

    Neste contexto desportivo tão delicado como o desporto para jovens e crianças será de total importância os intervenientes desportivos estarem conscientes de toda uma complexidade de processos para manter os nadadores na actividade desportiva. Que a formação dos intervenientes desportivos não se fica pelo senso comum, mas sim para uma formação estrutural de forma a estarem sensibilizados às constantes mudanças comportamentais dos jovens. A importância da compreensão dos factores individuais, tal como a melhoria e a formação dos jovens como cidadãos e atletas. E que é possível aumentar a persistência dos indivíduos na modalidade, possibilitando a satisfação das suas necessidades.
    As sugestões seguintes são pressupostos subjacentes para a melhoria e o combate ao abandono precoce das crianças e dos jovens desportistas:

  • Proporcionar uma actividade física saudável;
  • Privilegiar as aprendizagens das técnicas;
  • Exercícios multifacetados;
  • Prática divertida e estimulante;
  • Orientar para uma motivação intrínseca;
  • Auto-estima estimulada;
  • Maior importância ao processo do que ao produto;
  • As atitudes devem ser valorizadas e constantes (ensino);
  • Valores associados à prática desportiva para uma continuidade a longo prazo.
  • Diversificar o treino;
  • Definir os objectivos da prova e do treino;
  • Fornecer imediatamente o FB da prova e dos treinos;
  • Criar um clima de confiança inter e intra equipa;
  • Melhorar as “etiquetas” que facultamos aos nadadores;
  • Elaborar actividades paralelas e extra-desportivas ao calendário competitivo.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Adolescência segundo Sigmund Freud

Desenvolvimento Psicossexual:
Conhecido como o pai da psicanálise, para Freud o desenvolvimento humano e a constituição da mente explicam-se pela evolução da psicossexualidade. Um dos conceitos mais importantes da teoria psicanalítica sobre o desenvolvimento é a existência de uma sexualidade infantil que é sentida através de pulsões. A adolescência é um período singular em que se vivem experiências e encaram-se questões que nunca antes se tinham colocado e que dificilmente se repetem. A mudança, a transformação, a alteração são palavras-chave para caracterizar esta etapa e as modificações são a todos os níveis. O adolescente muda fisicamente assumindo novas formas de um corpo adulto, adquire novas capacidades intelectuais, nomeadamente no pensamento que passa de concreto para abstracto e dá-se inicio ao pensamento puro que traz a capacidade de pensar em hipóteses ou em conceitos abstractos. Esta nova capacidade, leva-o a reflectir e manifesta-se pelo egocentrismo intelectual. O adolescente considera-se apto a resolver todos os problemas e considera também que as suas ideias são, sem dúvida, as melhores. Ele actua como se os outros e o mundo, se tivessem que organizar em função dos seus pontos de vista, apresentando e defendendo as suas convicções pelo pensamento lógico-argumentativo, como foi salientado por Piaget. É também na adolescência que as relações com os pais se transformam no sentido de uma maior autonomia e os pares passam a constituir um ponto de referência e de identificação importante. O jovem inicia o envolvimento em relações de intimidade e partilha, criando uma nova forma de relacionamento e Freud define cinco estádios do desenvolvimento psicossexual, no qual o estádio genital (depois da puberdade) é o que corresponde à adolescência.