domingo, 31 de março de 2013



A auto-estima na adolescência...

Vivemos numa sociedade, em que diariamente somos bombardeados por modelos corporais utopicamente alcançáveis e que de uma ou de outra forma afectam a nossa forma de pensar e até a nossa personalidade, levando-nos cada vez mais ao desejo de um corpo socialmente aceite.

Os elementos estéticos padronizados, utilizados quer como meio de comunicação quer como factor socialmente integrante, influenciam de uma ou de outra forma o nível de concepção corporal de cada indivíduo.
Se já na fase adulta, em que o estado de maturação permite uma percepção, compreensão e interpretação dos factores que acompanham o desenvolvimento e transformações do corpo, estas imposições interferem com a imagem corporal que cada um tem de si mesmo, na fase da adolescência, esta influência deverá tornar-se mais marcante. O “novo corpo” nem sempre é bem-vindo e amiúde é recebido como uma surpresa estranha, que dificulta movimentos, traz odores desagradáveis e, entre muitas outras coisas, pesa.



Em jeito de curiosidade, mostramos alguns dados obtidos apartir de um estudo sobre a satisfação com a imagem corporal e expressão de auto estima em jovens adolescentes dos 14 aos 17 anos. A amostra é constituída por 50 indivíduos de uma Escola Básica de Bragança.



Motivos que condicionam a prática desportiva:




Satisfação com as diferentes partes do corpo:





Expressão da autoestima:



O desporto e a auto-estima!




Estudo acerca  da auto-estima em adolescentes dos 12 aos 17 anos:

Publicação de Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde


O presente estudo tem como objectivo avaliar e comparar os valores de auto-estima em diferentes fases da adolescência (adolescência inicial, adolescência intermédia e adolescência final). Adicionalmente, pretende averiguar a existência de diferenças ao nível da auto-estima na adolescência comparativamente entre géneros, contextos sociais, intenção de ingresso no ensino superior, prática desportiva, tipo de prática e as horas semanais de prática. Participaram no estudo 360 adolescentes com idades entre os 12 e os 17 anos.


Foquemo-nos nos resultados obtidos acerca da influência da prática desportiva na auto-estima do adolescente: 
  • Os adolescentes que praticam desporto apresentam um valor médio de auto-estima superior aos adolescentes que não praticam.
  • Em relação ao tipo de prática desportiva, os adolescentes que fazem desporto por lazer apresentam uma auto-estima inferior aos adolescentes que praticam por competição.
  •  No que concerne às horas semanais de prática de desporto, há uma tendência para se observar um aumento da auto-estima à medida que as horas semanais de prática aumentam.


Em conclusão…

Os adolescentes praticantes apresentam valores de auto-estima superiores aos não praticantes. Este resultado corrobora outros que indicam que a prática regular de desporto constitui um meio privilegiado para melhorar a auto-estima física. Há, de fato, uma correlação positiva da prática desportiva na auto-estima de adolescentes Ainda em apoio a esta ideia, os resultados deste estudo indicam que são os adolescentes que o praticam em competição e durante mais horas semanais os mais autoconfiantes.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A importância do desporto na vida dos jovens.



Existe a crença generalizada de que fazer desporto faz bem à saúde dos adolescentes. Por isso, são cada vez mais os pais que apostam no desporto como forma de ocupação dos tempos livres dos seus filhos, pois reconhecem que este veicula um conjunto de valores e virtudes.Contudo, alguns investigadores nesta área, colocam em causa os benefícios da prática desportiva, ou seja, fazer Desporto tanto pode ser bom, como pode ser mau; depende sobretudo da experiência vivida pelos adolescentes. Quer isto dizer que não basta colocar os jovens a frequentar uma qualquer actividade desportiva para que estes beneficiem dessa mesma prática. A qualidade da prática é o mais importante. 



Realizar exercício físico, seja em que idade for, pode trazer um conjunto de benefícios, não só a nível físico, como psíquico e social. A nível físico é sabido que o desporto ajuda no combate à obesidade, reduz o risco de doenças cardiovasculares, fortalece músculos, ossos e articulações.A nível psíquico, eleva a auto-estima dos praticantes, pois este desenvolve um conjunto de habilidades que antes não possuía e melhora o seu aspecto físico, tendo consequentemente uma melhor imagem de si.A nível social, o Desporto assume-se como um lugar privilegiado para se realizarem laços sociais de amizade, permitindo a partilha de sentimentos e dando ao indivíduo a sensação de pertença a um grupo. Por tudo aquilo que se acaba de explanar, fica bem patente a importância da prática desportiva para o pleno e harmonioso desenvolvimento das crianças.















quinta-feira, 7 de março de 2013

Efeitos do desporto de alto rendimento nos adolescentes


                                 
 Atualmente existem diversos estudos que comprovam que a prática de atividades físicas e desportivas, quando realizada com conhecimento e responsabilidade, contribui positivamente para o desenvolvimento psíquico, social e motor da criança. Por outro lado, quando o desporto é voltado para a competição e iniciado precocemente, pode trazer graves problemas ao desenvolvimento do praticante.
O desporto de alto rendimento precoce é a atividade desportiva que se caracteriza pela alta dedicação ao treino, desenvolvida antes da puberdade e caracterizada, principalmente, por ter uma finalidade eminentemente competitiva. Essa prática pode desenvolver, em crianças ligadas à alta competição, problemas ósseos, cardíacos, musculares, entre outros, visto que, o treino excessivo ou incorreto é extremamente prejudicial à saúde da criança.

O desenvolvimento integral do adolescente

• A primeira fase, que começa com 11/12 anos (meninas) e 12/13 (meninos) e dura até os 13/14 e 14/15 anos, respetivamente. Weineck diz que a liberação das hormonas específicas do sexo leva ao desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários, assim como as alterações típicas no âmbito da estrutura corporal. A alteração completa da existência psicológica, física e social leva a revoluções radicais nos interesses gerais, o que não acontece sem consequências para o interesse desportivo. Também as expectativas que são ligadas à atividade desportiva, sofrem uma mudança radical.

• A Segunda fase (adolescência), é a última fase do desenvolvimento e começa aos 13/14 anos (meninas) e 14/15 (meninos). A adolescência forma a última fase do desenvolvimento da criança para o adulto, sendo caracterizada por uma diminuição de todos os parâmetros de crescimento e de desenvolvimento. Na segunda fase, fase de desenvolver o corpo, ocorre então um atraso progressivo e finalmente paralisação destas medidas de crescimento.

Nesse contexto, Proença et al (1988) realçam que o desenvolvimento, biologicamente, pode ser caracterizado por três fases importantes para a educação física: a fase pré-puberdade, a fase da puberdade e a fase pós-puberdade. Na fase pré-puberdade a criança está mais apta a desenvolver atividades e capacidades preceptivo-motoras do que as capacidades físicas. Há uma aceleração no crescimento físico e no funcionamento dos sistemas vegetativos, que aumentam a capacidade da criança de responder às demandas da atividade muscular. Com isso, a educação física para crianças em fase de pré-puberdade deve enfatizar o desenvolvimento de habilidades e capacidades preceptivo-motoras considerando as limitações impostas à performance pelas capacidades físicas.
Durante a fase da adolescência a prática de atividades motoras regulares parece ser fundamental para a prevenção de doenças relacionadas com a falta de atividade. Isto torna-se mais importante se considerarmos que, na puberdade, há uma diminuição da atividade física espontânea da criança, em geral, bastante elevada na criança em fase de pré-puberdade. Antes de completar a puberdade, devem ser evitadas atividades que envolvam grandes sobrecargas sobre o sistema osteoarticular e contatos físicos violentos, pois, há riscos de lesões sobre as cartilagens de crescimento que são ainda muito frágeis até este período.
Após a maturação sexual plena, na fase pós-puberdade, as crianças poderão ser tratadas e consideradas como adultos, já que finalmente são capazes de regular a intensidade da atividade muscular de acordo com as suas limitações.
Segundo Quintão et al (2004), o desenvolvimento do ser humano dá-se a partir da integração entre a motricidade, a emoção e o pensamento. O processo de desenvolvimento do indivíduo tem relação direta com o seu ambiente sociocultural e estes não se desenvolveriam plenamente sem o suporte de outros indivíduos da mesma espécie.
Nesse sentido, o profissional de educação física possui ferramentas valiosas para provocar estímulos que levem a esse desenvolvimento de forma bastante prazerosa: a brincadeira, o jogo e o desporto. A escola, ao estabelecer situações desafiadoras para os seus alunos, tem um papel fundamental na aprendizagem e consequentemente no desenvolvimento dos indivíduos.
É importante realçar que cada fase do desenvolvimento infantil tem as suas próprias características e, portanto, exige estudos aprofundados sobre os métodos pedagógicos, a peculiaridade de cada fase pela qual o aluno passa e as particularidades de cada jogo, brincadeira ou desporto que possam auxiliar o educando no seu desenvolvimento integral.

Todos sabemos a real importância da atividade física, praticada pela criança, para o seu crescimento e desenvolvimento adequados. No entanto, é necessário analisar cuidadosamente que a exigência do alto rendimento nas primeiras fases da vida pode vir a ser muito mais prejudicial que positiva. O alto rendimento precoce, embora possa levar a uma rápida estagnação do desempenho, deve ocorrer o mais tarde possível e com base numa estrutura de treino adequada, tendo em consideração o desenvolvimento individual das capacidades coordenativas da criança e a aquisição das suas habilidades motoras no tempo certo. Caso este treino desportivo seja realizado de maneira incorreta e irresponsável poderá causar diversos prejuízos à saúde e ao desenvolvimento da criança, como os riscos físicos, psicológicos, riscos do tipo motores e os riscos de tipo desportivo.

 Como se pode perceber, o trabalho relativo ao alto rendimento desportivo requer cuidados especiais referentes às fases do desenvolvimento infantil. Entende-se então que é necessário que se aplique à criança um modelo de desporto adequado às suas necessidades, características e possibilidades reais.

quarta-feira, 6 de março de 2013


Sejam bem-vindos ao Blogue do grupo 5 da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. 

O nosso grupo é constituído pelas alunas Inês Branco, Isabel Cruz e Sarah Brand, estudantes do primeiro ano da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, do curso Ciências do Desporto.
O tema que nos propusemos abordar, ao longo deste semestre, é puberdade, adolescência e juventude. 
Visto que esta faixa etária é muito rica em transformações físicas e psicológicas, o seu estudo torna-se particularmente interessante e útil na perspetiva de um futuro pedagogo na área do desporto.
Deixamos-vos assim um pequeno vídeo como forma de apresentação do nosso tema.